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Date:24 jun., 2015

Livre para voar

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Liane Alves

 

Não percebemos, mas as expectativas nos aprisionam. Suas margens estreitas tiram o frescor da vida (e de qualquer viagem…) que é sempre mais generosas, criativa e cheia de possibilidades do que possamos imaginar. Mas como será que podemos nos libertar de tantos medos e desejos e deixar simplesmente a existência nos levar?

 

A PCT, ou Pacific Crest Trail, um caminho de 60 centímetros de largura que atravessa nove cadeias de montanhas nos Estados Unidos, começa no deserto de Mojave, na California, e percorre desfiladeiros pedregosos, vales com lagos azuis, trilhas ladeadas por amoras selvagens, florestas de pinheiros e rios encachoeirados. Termina 1 600 quilômetros adiante, no meio de uma ponte de ferro batizada de Porta dos Deuses, no Estado de Oregon, já perto do Canadá. Decidir caminhar por essa trilha sozinha parecia ser a única alternativa para Cheryl Strayed abandonar “uma vida de lama” provocada pela morte prematura da mãe, um casamento fracassado e o vício da cocaína. Quem encontrasse Cheryl na época não lhe daria mais do que poucos meses de vida, provavelmente encerrada por uma morte por overdose.

 

Acompanhada de uma mochila nas costas batizada de “monstra” e de um bastão de esqui, Cheryl parte para essa jornada dentro de si mesma durante três meses. O desejo dela: libertar a si mesma dos temores e desejos provocados pelas expectativas e lançar-se com abertura para aquilo que era novo. Acredite, essa moça teve muita sabedoria: estar livre do que achamos que vai acontecer numa viagem existencial e espiritual é sem dúvida o melhor jeito de colocar o pé na estrada. O ideal é estarmos preparados internamente para o imprevisível sem nos amarrar nas expectativas de que irá acontecer isso ou aquilo.  

 

E a grande lição que a PCT ensinou para Cheryl foi essa: viver cada dia como se fosse único, porque numa viagem por uma trilha selvagem como aquela não se pode mesmo prever muita coisa. O encontro com uma cascavel, um lobo ou um serial killer pode acontecer a qualquer momento, ou talvez nunca. E além de um pequeno guia, Cheryl não tinha mais nada nas mãos para se prevenir do que podia suceder. O inesperado estava à espreita em cada passo.  “Nas semanas anteriores à PCT, quando decidi não ter medo de nada, pensei nos ursos, nas cobras, nas pessoas estranhas que encontraria no caminho….”, escreveu a garota no livro Wild!. Cheryl apenas se preparou internamente para enfrentar o imprevisível, e ela decidiu não ter medo (nesse caso, o verbo decidir é essencial…). 

 

Eu pergunto: qual a última vez que treinamos com tanta confiança com o desconhecido?  Com o inesperado? Não falo de trilhas selvagens, nem de estar na estrada tanto tempo. Apenas tente se lembrar qual foi a última vez que você decidiu abandonar temores e desejos gerados por suas expectativas e simplesmente se jogou num campo inteiramente novo. Será que já você experimentou se libertar do peso que a vida nos coloca nem que for por um breve período? Ou que você já pensou em jogar fora de vez essa mochila interna que nos faz arrastar com a coluna curvada? Sabe, só a última vez em você sentiu o prazer de soltar as rédeas, que você largou o desejo de controlar, manipular ou se preocupar com uma situação e que deixou espaço para que as coisas acontecessem do jeito que tem de acontecer… Quando foi?

 

Não estou falando de ser irresponsável, mas de ter um pouco mais de espaço para viver e aproveitar a vida. Eu me refiro a sorrir mais, a relaxar mais, a se arriscar mais e, principalmente a estar mais feliz e à vontade com a existência, sem temê-la tanto. 

 

“Qual a última vez que você fez um treino com o desconhecido? Com o inesperado? Quanto tempo faz que você se lançou com confiança num campo inteiramente novo?”

 

E é claro que você sabe que não é preciso fazer viagens longíquas para sentir o gosto da leveza e da alegria durante o cotidiano. Podemos treinar esse soltar-se aqui, agora, antes de qualquer peregrinação existencial. Aliás, esse olhar mais leve e amplo ajudaria muito vivê-la. Você já imaginou como a vida, e uma viagem espiritual, poderiam melhorar sem tantos planos detalhados e esquemas definidos? Que tal prestar mais atenção para onde a existência já está indo para então se decidir se você queria acompanhá-la ou não, só para começar. Isso significaria ter mais liberdade de escolha, por exemplo. Ou que tal diminuir um pouco o ritmo das atividades e desistir de algumas delas? É assim, tirando aos poucos o peso dessa mochila imaginária que podemos começar a saborear a vida. Basta estar sem muita pressa, sem muito peso, e ainda aprender conviver com o desconhecido sem tantos cálculos.

 

E eu dou uma boa razão para você se afastar de expectativas que engessam o que pode acontecer: elas partem da nossa avaliação de uma realidade futura a partir da realidade presente. Temos certas informações, combinamos esses dados entre si e temos uma ideia do cenário do que pode vir pela frente. Mas seriam nossas avaliações da realidade algo realmente confiável? Serão as expectativas uma boa indicação do que pode acontecer? Dois cientistas americanos, os psicólogos Cristopher Chabris e Daniel Simons, tem certeza que não. Com base em suas pesquisas, eles viram que somos incapazes de perceber até mesmo um gorila pulando bem ali à nossa frente, se o animal não estiver incluído em nossos cálculos. Querem ver o que eles fizeram? Acompanhe o próximo trecho e você vai saber como eles chegaram a essa conclusão.

 

O gorila invisível

Cristopher e Daniel são dois psicólogos americanos muito espertos. Um deles trabalha para Universidade de Harvard e, o outro, para a de Illinois, duas excelentes instituições de ensino dos Estados Unidos. E eles idealizaram uma experiência onde vários tipos de pessoas eram convidadas a contar, num vídeo de apenas um minuto, quantos passes os jogadores de basquete com camiseta preta faziam num jogo contra jogadores de camiseta branca. Todos prestavam muita atenção na contagem dos passes, uns 35, no total. Depois eram perguntados se tinham notado algo estranho nesse jogo. Metade das pessoas diziam que não. O que era muito esquisito, já que durante nove segundos uma aluna vestida de gorila pulava como uma louca na quadra no meio dos jogadores. Seja porque fosse muito improvável imaginar um gorila no meio quadra, seja porque as pessoas não conseguiam dividir sua atenção entre a contagem e o que estava acontecendo diante dos seus olhos, a verdade é que 50% dos avaliados não conseguiam perceber o gorila. É o que se chama de “cegueira sem intenção”, um ponto cego que não permite identificar corretamente o que acontece.

 

Somos seres muito pouco confiáveis ao avaliar uma situação, portanto. Em nossos planos, nós não conseguimos levar em conta o imprevisível, mesmo se o inesperado já estiver pulando como um gorila bem ali diante do nosso nariz. Então, como podemos ter tanta certeza de nossa avaliação do que pode acontecer no futuro, se nem mesmo vemos o que está acontecendo no presente? Como podemos dar tanto peso e importância às nossas expectativas, se elas correm o sério risco de serem baseadas numa avaliação incompleta da realidade?

 

“Nós somos seres muito pouco confiáveis ao avaliar uma situação. Em nossos planos, não conseguimos levar em conta o imprevisível, nem que o inesperado já estiver pulando como um gorila na nossa frente”.

 

“O problema não é ter expectativas. O problema é se acreditar muito nelas”, diz a psicóloga Rosa Bastos Fabretti, com especialização na área sistêmica. “Isto é, o medo e a esperança nos trazem expectativas de coisas boas ou ruins. De certa forma, é normal. O patológico é se agarrar ao medo e à esperança, e se deixar alucinar por eles”, diz Rosa. A vida não se expressa apenas dentro da margem estreita do que pensamos que vai acontecer. Isso é querer sufocá-la, criar uma grade interna de segurança e pensar que a existência só vai fluir dentro daquele quadradinho imaginado por nós. Ou ficar apavorado e em pânico quando ela se recusa a ficar enjaulada ali.

 

Esse é um bom motivo para abandonar o amor às expectativas: elas são bem menos criativas, generosas e inesperadas do que a vida. Portanto, qual é a serventia delas?

 

No pico da montanha

Medo e esperança são faces da mesma moeda, dizem os budistas. Se nós temos desejo, temos esperança. Se nós temos apego, temos medo. Um belo resumo de nossa vida. E oscilando entre medo e esperança, esquecemos de viver no presente. “Hoje temos um grande número de pessoas no mundo com depressão, tristezas ou remorsos. Esses sentimentos são predominantemente causados pelo passado”, escreveu Monge Genshô no blog dele, O Pico da Montanha. Gosto de acompanhar o que diz o Monge Geshô quase todos os dias, acho bem melhor do que ler meu horóscopo. Ele dá sempre um toque legal sobre a vida cotidiana. Aqui ele fala como o passado pode arruinar nosso presente, se ficarmos agarrados à ele. Mas também escreve sobre os riscos de se colar ao que pode ou não acontecer ali na frente. “Outro problema é o futuro. O que farei amanhã, dívidas que terei que pagar, problemas a serem resolvidos, tudo isso gera ansiedade. Quando você vive no futuro é ansioso, quando vive no passado é deprimido”.

 

Bom, hein? Ou nós estamos cheios de ansiedade com relação ao futuro, ou deprimidos com o passado… Mas o que evitaria esse pendular tão desgradável?  Viver cada vez mais no presente. O problema é que nós vivemos numa época em que é muito difícil fazer isso. A vida nos puxa para fora com uma enorme força centrífuga. E nessa existência plena de distrações temos pouco tempo para entrar em contato conosco mesmo, com o nosso interior, e com nosso corpo, e as sensações provocadas pelos cinco sentidos. Estamos muito longe da época em que se acordava de manhã com o cheiro de mato e neblina, de dar milho para as galinhas, de cortar lenha, plantar ou cozinhar… Ou seja, das ações que nos levavam continuamente para o momento presente.

 

“Bom, hein? Ou nós estamos cheios de ansiedade com relação ao futuro ou estamos deprimidos com o que aconteceu no passado. Mas como evitar esse pendular tão desagradável?”

 

Na vida moderna, o passado e o futuro nos magnetizam intensamente. Nos preocupamos com o que pode ocorrer no futuro por causa dos nossos inúmeros compromissos, excesso de responsabilidades e mil atividades durante o dia. Uma vida frenética. E pelo passado, por causa de uma idealização exagerada do que já aconteceu, das inseguranças que nos grudam como cola numa cadeira ao que está garantido e pela falta de abertura à mudanças e transformações. A vida praticamente é obrigada a nos dar um pontapé para que finalmente criemos vergonha na cara e tenhamos coragem para sair da zona de conforto.

 

Mas o que acontece quando se vive mais focado no instante presente? Um milagre: abre-se um espaço em que podemos viver momentos felizes, principalmente por que estamos mais abertos e prestando atenção ao que está acontecendo em cada instante. Por exemplo: agora entrou um raio de sol no quarto e me aqueceu nesse dia frio, agora sinto meus pés quentes num sapato macio, agora uma menininha com casaco roxo e fita rosa no cabelo loiro me convida para tomar café com ela, agora meu marido me abraçou forte e senti o perfume amadeirado da colonia de barba dele. No agora, a vida ganha cores, cheiros, sons, toques, sabores que proporcionam inúmeras pequenas alegrias. Da depressão e tristeza causadas pelo apego ao passado, podemos ir para uma intensa sensação de leveza e felicidade. Da ansiedade e angústia pelo futuro, para uma sensação de plenitude e abundância, e um sentimento reconfortante de que tudo vai dar certo.

 

Pelo menos uma vez na vida já nos sentimos assim: quando éramos bebês, e por um momento tínhamos todas as nossas necessidades satisfeitas: barriga cheia, cobertor macio, calor amoroso de mãe, paz e tranquilidade no quarto. Inteiramente imersos num momento presente delicioso, éramos completamente felizes.

 

“Quando nos abandonamos no fluxo da vida, podemos sentir uma incrível sensação de liberdade. E a liberdade nos faz sentir vivos, atemporais, desimpedidos e plenos”.

 

Esse estado de ser pode ser descrito como o de um profundo e silencioso isolamento, entregue ao fluxo da existência. “Esta condição inicial, de um abandono total ao fluxo da vida, me parece a pedra de toque da futura sensação de liberdade buscada em muitas práticas de meditação orientais. Trata-se de uma condição extrema da vida, que buscamos repetir numa prática do pensamento ou corpo, com intuito de encontrarmos a mesma paz e significado que um dia vivenciamos. Uma forma de significar o indizível estado de só ser, que um dia conhecemos”, diz o psicólogo e pensador Levi Leonel de Souza, outro que mantém um blog muito interessante cheio de reflexões sobre sua vida. “Esse estado de solidão essencial pode ser experimentado nas etapas posteriores da vida em certos momentos bastante específicos – no clímax sexual, no sono profundo, na meditação e outras experiências-limites. Nesses instantes, podemos fruir de uma sensação corporal de indizível liberdade – um estado de profunda leveza de ânimo, com um significado atemporal e inespacial”, afirma com precisão Levi.

 

Essa sensação de plenitude é o que vamos tentar encontrar outras vezes na vida. “Esta falta de referências no tempo e no espaço pode ser o que chamamos de ‘liberdade’”, ele diz.

 

A liberdade nos faz sentir vivos, atemporais, desimpedidos e plenos. Ao nos desligarmos das expectativas dos compromissos e possíveis cenários futuros, podemos respirar mais relaxados. Vivemos a cada momento o que tem de ser vivido, com toda a riqueza de detalhes e presentes preciosos que a vida nos oferece. Como nos diz o I Ching, o antigo livro da sabedoria milenar da China, “ com tranquilidade o ser superior come e bebe durante a espera da colheita. Ele se fortalece no repouso e na alegria”. Depois de trabalhar a terra com dedicação, o agricultor deve cultivar suas próprias potencialidades e se distrair alegremente enquanto aguarda o florescer. Não é preciso “ficar obcecado, querendo avançar a todo custo, tentando forçar a situação”, como escreveu Alayde Mutzenbecher na sua tradução do I Ching.

 

Em pouco tempo, podemos nos acostumar a não nos preocupar tanto com o que vai acontecer. O foco estará apenas no que é preciso realizar a cada momento, sem expectativas. “O que será, será, aquilo que for, será” diz a velha canção dos anos 50. Nós fazemos o que temos de fazer com leveza, empenho e alegria, mas nós também nos desvinculamos dos resultados.

 

Meu Deus, que alívio.

 

O Campo do Desconhecido

Na sua visita ao Brasil, o Papa Francisco nos deixou uma frase de ouro: “Um cristão deve conservar a esperança; deixar-se surpreender por Deus; e viver na alegria”. Eu gostei demais dessa reflexão,  sobretudo da segunda parte dela, o “deixar-se surpreender-se por Deus”. Ele não fala da esperança derivada da expectativa, a que espera que a vida aconteça de acordo com o que desejamos. O Papa fala da esperança que confia em um outro poder, numa outra direção que não é a nossa, e que é aceita com alegria.

 

Na tradição japonesa essa força ampla, imaterial e inteligente que não depende de nós, chama-se tariki ou, literalmente, “outro poder”. Também podemos batizá-la de Deus, Tao, Campo do Desconhecido, Nuvem do Não-Saber, como diversos autores e tradições espirituais se referem a essa realidade invisível. “Tariki tem o poder de comover a todos nós, acreditemos ou não na existência de Deus ou de Buda, aceitemos ou não a existência de um mundo que não podemos ver. Tariki é uma esfera que transcende todas as fronteiras nacionais e étnicas, é aquele algo especial que todos estamos inconscientemente buscando, na vida, nas viagens, nas peregrinações”, escreveu o escritor japonês Hiroyuki Itsuki no livro Tariki. Ele é um poder invisível que atua em nós vindo de outra esfera.

 

Tariki também é um conceito que se opõe ao poder resultante do esforço individual, do planejamento, precisão e cálculo, chamado de jiriki, o “poder próprio”. “É o poder individual que chega aonde precisamos ir a partir dos nossos próprios conhecimentos, vivendo apenas com nossos próprios recursos”, diz Clark Strand, um monge budista americano que abdicou de tudo para redescobrir o cristianismo, depois de experimentar vários caminhos espirituais. Clark descobriu os conceitos precisos de “poder próprio” e “outro poder” quando praticava o budismo Terra Pura, descritos no livro Como acreditar em Deus. E viu que poderia facilmente aplicá-los em nossa vida de ocidentais.

 

“Na tradição japonesa, a palavra tariki diz respeito a uma força imaterial que rege a vida, quer a chamemos Deus, Tao ou Realidade Primordial. A tradução dela é outro poder. Já a palavra jiriki quer dizer poder próprio, e está ligada ao nosso esforço. Idealmente, a ação de jiriki deve estar alinhada com o leme de tariki“.  

 

O ideal é ter a sensibilidade para alinhar o poder individual com o outro poder. Esse eixo pode ser afinado com meditações, orações, práticas e uma vida interior espiritual. Ou mesmo com o simples desejo de se estar em estreita sintonia com o outro poder. Dessa maneira, podemos nos lançar com entusiasmo em nossos projetos, sabendo que o leme não é apenas nosso. Por que será que nós temos sempre de prever tudo, afinal? Numa viagem espiritual, por exemplo, é bom preparar-se interiormente e fazer o que é preciso exteriormente, como nós propomos aqui no Red Lotus Spiritual Travels. Mas por que não estar pronto e deixar-se surpreender por Deus e pela vida, como sugeriu com sabedoria o Papa Francisco?

 

“Você sabe o que é hoje. O que é, o que foi, mas não o que será”, diz outra frase cheia de significado de um livro precioso, Diálogos com o Anjo. Há sempre um eterno e puro novo para ser vivido, cheio de surpresas, de alegrias inesperadas, de confiança e fé. Para senti-lo, é necessário saber identificar para onde o vento do outro poder sopra. E também é preciso aprender a relaxar o corpo, acalmar o espírito durante meditações ou orações, reconhecer os sinais enviados pelas sincronicidades e ajudas inesperadas. Como Indiana Jones diante do desfiladeiro no filme A Última Cruzada, é um caminho que se faz debaixo dos nossos pés a cada passo, no vazio, quando temos no coração a fé inabalável de que nós trilhamos por uma rota invisível.

 

E essa jornada começa com um primeiro passo: se abrir para o novo sem expectativas. É com esse estado de espírito despretensioso que a jovem americana iniciou a trilha selvagem a que me referi no começo deste artigo. E só para contar um pouquinho mais do livro, vou dizer como acaba essa história: Cheryl resolveu viver ali mesmo onde a PCT terminava, no Estado de Oregon; ela casou-se, tem dois filhos e, aos 45 anos, tornou-se uma escritora reconhecida e premiada. Algo bem diferente do que apontavam todas as expectativas.

 

(versão ampliada da matéria publicada originalmente na revista Vida Simples)

 

Foto: Liane Alves (por favor, mantenha o crédito do autor e o endereço do Red Lotus, se quiser compartilhar)

 

 

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